Entrevista Histórica

Brites de Almeida, a Padeira de Aljubarrota, é uma figura lendária de heroína portuguesa, cujo nome anda associado à vitória dos portugueses, contra as forças castelhanas, na batalha de Aljubarrota (1385)

Jornalista - Bom dia, senhora Brites! Gostava de lhe fazer algumas perguntas.

Brites de Almeida - Bom dia! Faça as que quiser.

J. - Onde é que nasceu?

B.A. - Nasci em Santa Maria de Faaron (hoje conhecida como Faro) e venho de uma família pobre e de condição humilde.

J. - Ficou orfã, certo?! A que idade?

B.A. - Sim, fiquei aos... vinte anos.

J. - O que fez desde então?

B.A. - Decidi vender tudo o que tinha herdado e andar de terra em terra. Foi uma aventura... Conheci todo o tipo de pessoas e aprendi a manobrar a espada e o pau, com mestria!

J. - Chegou a casar-se? Certamente que não lhe faltaram pretendentes! É tão... tão... alta, forte, musculada...

B.A. - Sim, casei com um lavrador honesto e tão forte como eu; e trabalhei numa padaria, em Aljubarrota.

J. Como se tornou conhecida?

B.A. - Na noite de 14 de Agosto de 1385, depois de termos derrotado os castelhanos, cheguei a casa muito cansada e, ao entrar, notei que algo de estranho se estava a passar ali. Abri o forno do pão e encontrei, escondidos, sete malditos castelhanos. Pegueina minha querida pá da padeira e dei-lhes tanta pancada, mas tanta pancada, que, em pouco tempo, ficaram completamente estendidos. Como vê, sou uma mulher perigosíssima...

J. Muito obrigada, querida! Tudo isto pode não passar de mera lenda, mas, na verdade, a Padeira de Aljubarrota ganhou um lugar cativo no imaginário do povo português e é símbolo da independência de Portugal.